"Narcisismo", palavra que caracteriza o
século. Paixão pelo próprio reflexo, paixão desenfreada pela própria
aparência. Perfeição? A paixão que faz nascer a crueldade e o desprezo.
Narcisismo que ultrapassa a aparência física e vai além. Ser narcisista
que despreza ideias e sentimentos alheios, ser que por vaidade foge sem
recolher os cacos que deixou no caminho. Humilha, corre, não explica,
não aceita, apenas aprecia a sua
dignidade, a sua bondade, o seu negro lindo olhar. Afoga, as esperanças
do outro, pois a beleza da sua estrela cravada na testa, foi ofuscada
por um mero "Zé". Narcisista por natureza não deixa brotar a essência,
não sabe entender e não espera. Não se comove com o sofrimento do
próximo. Acorda toma um banho e lá está ele novamente na frente do
espelho.
17 de dez. de 2012
Você
Hoje acordei, sem o meu motivo maior.
Hoje eu acordei e não abri os olhos
Continuei sonhando...
O sol não brilhou
O meu sorriso não brotou
Em todos os olhares eu procurei, mas não achei
Não consegui manter a calma e no ônibus esbarrei em alguém.
Não era você.
Hoje eu acordei e não abri os olhos
Continuei sonhando...
O sol não brilhou
O meu sorriso não brotou
Em todos os olhares eu procurei, mas não achei
Não consegui manter a calma e no ônibus esbarrei em alguém.
Não era você.
A distância tomou conta do meu peito
Percebi que você não voltaria e eu nunca mais cruzaria o meu olhar com o seu.
Distância que antes não era percebida, pois o amor encurtava o tempo e o querer.
Mas hoje eu acordei, sem o meu motivo maior. Você.
Percebi que você não voltaria e eu nunca mais cruzaria o meu olhar com o seu.
Distância que antes não era percebida, pois o amor encurtava o tempo e o querer.
Mas hoje eu acordei, sem o meu motivo maior. Você.
Momentos
Só queria saber voar e voar para longe, bem
longe. Outro país, outra galáxia, outro olhar. Sair daqui e esquecer as
ilusões, os dias pensativos em que fiquei imaginando nossa casa, o nosso
lar, os nossos beijos, as nossas brigas e reconciliações. Esquecer as
palavras doces, os momentos de carinho e afeição, pois são esses
momentos que machucam mais, quando são lembrados. Nem tudo na vida é
maresia, mas quando há amor, o corpo
e a mente resistem, pois coração grita mais alto a palavra superação. O
amor não foi suficiente, o fervor da paixão não resistiu há tantos
problemas. O meu coração ainda acelerava a cada toque do celular. O que
aconteceu? Como? Me diga como o amor, o seu amor morreu?
6 de ago. de 2012
Toma-me
Eu preciso escutar uma canção
Eu preciso sentir o som
Meu coração acelera
Toda vez que teus cabelos voam pelo ar
Deixe... Que o perfume preencha as lacunas
Deixe... Que o meu suspiro respire teu ar
Deixe... Apenas deixe-me embriagar
Perco-me no aconchego do teu pescoço
Acho-me quando entrelaço suas penas em minhas
Decoro teus movimentos quando me deito em cima de ti
Sinto o pulsar do teu peito dizendo... Toma-me.
11 de jun. de 2012
Pela porta dos fundos
Pela porta dos fundos, ela fez sala na cozinha.
Procura afago e ouvidos.
Eu a dei toda confiança naquele momento.
Enquanto preparava o café, ela ia me contando dos seus dias árduos
Trabalho, filhos, marido caminhoneiro.
Das noites frias e dos cafés da manhã solitários.
Das tardes quentes na conquista de clientes nas feiras de sábado
Do Luis, João e Lívia.
Luis vivia jogando bola na rua
João só escutava Legião
Lívia se maquiava para ir à escola.
Ela me serviu o café, quente como as tardes de sábado
Frio como as noites sem o marido
Solitário como deixar a porta dos fundos aberta.
Esperando que alguém entre e lhe faça uma singela visita
A porta da Sala vive fechada. Ela evita a tempestade de poeira.
1 de abr. de 2012
Mais um dia: please, てください。,s'il vous plaît
Monumentos
históricos, portões de ferro, paralelepípedos escorregadios, igrejas fabulosas, pessoas fantasiadas e o frio das
montanhas. Sim nós nos abraçamos, nos amamos, sonhamos aquela noite e juramos
união sob o frio que fazia. Enquanto eu olhava em seus olhos relembrava o caminho
que percorri até chegar a você. Eu olhei
para o horizonte e só conseguia ver casinhas de arquitetura barroca. Aquela bem
longe na mais alta colina me caberia. Caberia a mim e a você. Andando pela calçada estreita fizemos planos
para uma vida toda. Mas tudo foi um sonho. Um sonho distante que japoneses,
americanos, franceses vivenciam por um instante, respiram e prolongam a estadia
por mais um dia.
20 de mar. de 2012
O silêncio dos seus olhos
Não preciso de nenhuma palavra
Só preciso da intensidade do seu olhar.
Respiração ofegante, você me amarra com seus cílios
Eu abro meus olhos e num beijo longo sinto sua fúria em me
amar.
Só você tem esse olhar que penetra em minhas pupilas.
O brilho dos seus olhos envolve minha vida em um segundo
Perco o rumo e as palavras se tornam um mero detalhe.
Não precisa tentar explicar.
Seus olhos estremecem, eu sei.
29 de fev. de 2012
Eu quero ser bem mais que seu amor
Eu quero
ser a noite, o dia, a tarde...
Quando
estiver cansada... Pegue em minhas mãos , se deite no chão estique suas costas
Que eu
estarei ao seu lado...
Quando
estiver feliz pegue em minhas mãos, se deite no gramado estique suas costas
Que estarei
ao seu lado...
A minha
única razão para viver é estar ao seu lado, compartilhando do seu cansaço, das
suas glórias, das suas tristezas, das suas manias, do seu amor...
Eu só
preciso estar ao seu lado... Só preciso te dar as mãos e passear com você em um
lugar cheio de árvores para respirar ar puro...
Meu
amor... A sua presença de alma me faz
tão bem...
Eu sou sua
mulher por inteiro... Não existe metade, não falta e não sobra.
Sabe
aquelas canções de amor?
Elas não
traduzem nem um terço do meu sentimento por você.
O que sinto
está indo além dos meus próprios sentidos...
Já não sei
mais de mim... Já não sei mais de nada...
Só sei que
te amo tanto... Essas palavras não são suficientes...
Nesse
momento os meus olhos querem dizer em silêncio o quanto eu te amo...
Alberto
Hoje eu não abri a janela do meu quarto
Não quis ver o sol e nem sentir a brisa da manhã
Todos os dias é isso que me move
Mas hoje não, hoje não abri a janela do meu quarto
Abri um livro observei uma paisagem
Nada de cidade nem de carros era um livro infantil do meu
sobrinho Alberto
Ioiô, balão, balas, chicletes, ladrão, Pierro, colombina,
chapeuzinho
Fui à geladeira misturei sorvete com coca-cola e continuei
observando a paisagem
No final do livro tinha uma obra de Alberto
Um desenho, uma janela, o sol, os carros, os prédios, rostos
felizes
O sol brilhava e lá estava Alberto incluído na imagem
jogando futebol na calçada
E a paisagem do livro infantil? O que vale mais?
Alberto estava com um semblante feliz.
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